segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O que sou

Sou um pouco de tudo que vejo e muito do que nunca vi. Sou as emoções que desejo e as que já senti. Sou a essência do certo ainda não descoberto, algo inopinado decerto.Sou alguma hora entre o sol e a lua, Nem dia, nem noite uma aurora, talvez fim de tarde, E minha alegria de tão grande arde.Alguma coisa entre a dúvida e a certeza, uma insana cheia de esperteza. Eu sou assim: serena e violenta, calada e berrenta, ligeira e lenta. Uma exatidão, uma imprecisão, uma intolerante com muita compreensão, Uma exagerada bastante ponderada. Uma Intensa, de alma imensa, exaltada, atormentada porém reservada.Uma insaciável acho a vida agradável, tenho sede de infinito quero tudo mais bonito. Sou esse abismo que tanto sismo. Inconstante a todo instante, tão correta, tão errante, sempre perto ou distante.Ando como quem perde o norte, mas conto sempre com a sorte. Procuro como quem foge, do mundo, dos outros, de si, dessa forma foi que cresci. Não sei de quantas palavras me faço, nem em quais versos me afasto. Mudo de tom Procuro meu dom, mudo de casa e dou-me asa. Não procuro só razão, não tenho pés no chão, meu destino é voar e sei a hora de pousar mas nunca deixo de sonhar. Sou aquilo que preciso ser quando a condição faz-me ser, sem nunca deixar de ir...sem nunca me definir...

Natália Alves Feitosa

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