terça-feira, 22 de junho de 2010

Parar e Sentir

Sempre que possível gosto de dar uma fugidinha da rotina, ter um momentinho todo meu, fazer as coisas com calma, atenção e principalmente apreciação.... e não de uma forma automática e frenética como costumamos fazer no dia dia; quando tiro esse momento procuro atentar-me a cada gesto, cada som, cada cheiro..... a cada sentido que me é ofertado por mais simples que pareça eu capito e reflito nele, pode parecer bobagem, mas dar um pouco de importância para essas "banalidades" é dar valor na vida, pois a vida é curta e a vida é um milagre que acontece a todo instante, e isto apesar de ser um clichê é uma verdade, porque somos humanos e somos vulneráveis, podemos nascer seres perfeitamente saudáveis, mas de uma hora para outra um desses nossos incríveis dons, leia-se sentidos, podem nos ser tirados; Conheci uma mulher que tinha sofrido um acidente de moto e não sentia mais o gosto nem o cheiro da comida, tem pessoas que perdem a visão ou a audição, outros perdem movimento de parte do corpo ou do corpo inteiro, imagino como deve ser desesperador e frustrante a busca por esse sentido perdido que antes parecia tão trivial e agora se vê o quanto era essencial, o quanto era maravilhoso. Por isso parar e sentir de vez enquando é necessário.

E foi isso que fiz na segunda-feira passada, isso mesmo plena segundona, tinha trabalhado normalmente a parte da manhã, só que atarde uma prima minha de São Paulo que estava aqui ia embora, então eu fiquei em casa para leva-la ao aeroporto, depois de deixa-la resolvi comer uma coisa bem gostosa, então fui dirigindo escutando Janis Joplin até a confeitaria Doces Barbáros, peguei um pedaço de bolo prestígio e uma tortinha de limão e me sentei, enquanto comia e me deliciava eu também observava um pequeno jardin que tinha ali que era um mimo, todo colorido e bem florido, fiquei ali um bom tempo, sem nenhuma pressa, estava uma tarde deliciosa,fria e ensolarada. Dali fui para o salão arrumar meu cabelo,aproveitei já que estava com a tarde livre e precisava da uma cortadinha nele, enquanto me arrumava eu curtia a atmosfera leve e agradável daquele salão, então fui embora, já era fim de tarde, e durante minha volta para casa eu ganhei um entardecer de tirar o fôlego, as ruas, o céu, as árvores.... tudo brilhava, o sol transformou tudo em um amarelo tão dourado e tão sereno que parecia surreal, e assim o astro fechou meu 'time" com chave de ouro.

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